Recorda desde a divina matriz o real propósito a que vens AQUI e pelo qual AGORA te manifestas!

Enquanto um diz: Namastê, te saúdo e te reconheço como a sagrada divindade. Em outro lugar, o outro pulsa: In lake´sh, eu sou o outro em você a serviço planetário da compreensão, da aceitação, da cura, da libertação e da realização.

Aquele que tudo vê, nos inspira e responde: "Com visão e esperança danço e canto para o coração divino." Acredito que assim nasce o puro, verdadeiro e divino AMOR, nossa responsabilidade básica.

Aqui e agora é tudo que existe de ETERNO. Respiro e sinto o que simplesmente É e dentro dessa Eternidade, a lembrança IMORTAL: SOMOS UM na Divina Presença.

Seja uno com cada ser-elemento manifesto e a gratidão lhe conecta na fonte de amor e alegria infinita, paz e compaixão infinita, paciência e tolerância infinita.

No espelho do ser, o reflexo D´eus. A união do Todo se traduz num som... OM... AMEM... silêncio!

OM TAT SAT OM...


quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Nascimento



Na graça da Divina Luz o Ser é concebido, com a seiva da vida e o sopro do amor. Lembro que vim por uma lágrima da árvore, que chorou de emoção ao ver descer a Divina Luz no casamento do Sol com a Lua, entre o céu imenso e a vasta terra.

Dessa lágrima que em gota do orvalho deslizou numa folha gentil, fui carregada suave pelo ar na aurora silenciosa da manhã e recebida ternamente pela rocha majestosa.

À beira do rio, no fluxo corrente da existência, nasci nutrida e banhada pelos raios do sol que por vezes se despediam da noite e da sua amada luz da lua, seu espelho translúcido. Quando o sol se esconde no horizonte, é para recolher-se e meditar na plenitude do Si mesmo.

Cresci com a árvore me oferecendo sombra e acalento; o ar me abençoando na respiração consciente; a rocha me ofertando suporte; o rio de água pura lavando meu corpo, minha mente e alma. O sol me aquecendo durante o dia, a lua me ninando durante a noite. No terno colo gentil do Ilimitado Pai e da Infinita Mãe, ambos me afagando na doçura da presença sublime.

Os amáveis animais que habitavam esta serena mata, vinham a mim com alimentos colhidos dos frutos e flores, das sementes e ervas. Até que me ensinaram a fazer isso por mim mesma.

E assim, este crescer a fluir e evoluindo integrada entre os elementos e os seres elementais, entre a natureza e os seres vivos, entre anjos e guardiões, entre a diversidade tão única, acreditando no ser natural e espontâneo. Saiba que o vento uiva muitos segredos que ainda não podem ser entendidos por aquele que não se abre à pureza do bom coração.

Os pássaros me ensinaram a cantar; as folhas nas copas das árvores e os bambus me ensinaram a dançar; as flores me ensinaram as virtudes nas cores e toda a diversidade encantada fazendo seu papel em me educar nos reais valores, com respeito, amor e compaixão.

Todo o dia o beija-flor me relembra a graça divina e num beijo recebo o carinho de sua brisa. Em seu vôo ágil, brilha radiante e me sussurra feliz: “Filha da Luz! Tu és Luz!”. Acredito que ele diz isso a todos por onde passa como mensageiro divino, porém nem todos páram para receber a mensagem nesse sinal tão belo e singelo.

Na dança das copas das árvores com o vento, algumas folhas caiam se espiralando em torno de mim. E a brincadeira acontecendo no cultivo de um encanto sem par. Aprender a beleza da integração, aprender a riqueza da simplicidade, aprender na força suave da natureza o que está além de palavras - o sentir...

Um dia, num beijo pela picada da serpente, recebi a magnífica iniciação do renascimento, no poder do veneno encontrei a sabedoria da transmutação. E a força vital que brilhava por meus poros e olhos, me fez ver o outro lado da vida que é a morte contínua de si mesmo.

Enquanto a larva e a borboleta me instruíam em como efetivar a real transformação do Ser, vez ou outra, a chuva deliciosa derramando-se sobre a terra fertilizando a beleza da vida renovada. Outras vezes os planetas e astros brincavam de esconde-esconde, enquanto os cometas e asteróides eram como pequenas estrelas rasgando o azul noturno do céu em raios de luz que escorriam pelo espaço, invocando o chamado do DESPERTAR!

Na agilidade serelepe dos esquilos; na alegria incrível dos cachorros e na liberdade inteligente dos gatos aprendo a amizade da pureza bondosa. Fortaleço-me na ordem e disciplina das formigas, me rendo na entrega das cigarras, e com cada bicho um aprendizado magnânimo.

Sou um terno aprendiz, um eterno imortal...

E um dia conheci os humanos, mas aqui já é outra estória.

* * *

Por Átma

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Braseiro de AMOR



“No centro do meu coração,
guardo para Ti um trono místico.
 As velas acesas de minhas alegrias
lançam uma luz tênue,
na esperança de Tua chegada.

Quando apareceres,
elas arderão com maior brilho.
Mas venhas ou não, esperarei por Ti,
até que minhas lágrimas
dissolvam toda rudeza material.”

* * *

Paramahansa Yogananda (Meditações Metafísicas)