Recorda desde a divina matriz o real propósito a que vens AQUI e pelo qual AGORA te manifestas!

Enquanto um diz: Namastê, te saúdo e te reconheço como a sagrada divindade. Em outro lugar, o outro pulsa: In lake´sh, eu sou o outro em você a serviço planetário da compreensão, da aceitação, da cura, da libertação e da realização.

Aquele que tudo vê, nos inspira e responde: "Com visão e esperança danço e canto para o coração divino." Acredito que assim nasce o puro, verdadeiro e divino AMOR, nossa responsabilidade básica.

Aqui e agora é tudo que existe de ETERNO. Respiro e sinto o que simplesmente É e dentro dessa Eternidade, a lembrança IMORTAL: SOMOS UM na Divina Presença.

Seja uno com cada ser-elemento manifesto e a gratidão lhe conecta na fonte de amor e alegria infinita, paz e compaixão infinita, paciência e tolerância infinita.

No espelho do ser, o reflexo D´eus. A união do Todo se traduz num som... OM... AMEM... silêncio!

OM TAT SAT OM...


segunda-feira, 6 de outubro de 2008

A Meditação no Vazio

"Fecho os olhos.
Lembro que o sonho
ainda não se perdeu!"
(tirado do msn de um amigo, Adriano)

E respondeu uma amiga, Carla:
"Quando fecho os meus olhos,
vejo os teus olhos,
quando vejo os teus olhos,
abro o meu coração..."
“Meditando centrado no vazio e no não vazio, livre de pensamentos e sem movimento, o sábio fica firme e estável, profundo como um poço d’água” Kaulajnana Nirnaya, 84

“Quando você sabe que está orando, você não está orando adequadamente”
David Steindl-Rast, monge beneditino

“Seja um nada. ... O amor subsiste apenas no nada. Quando você está vazio, há amor. Quando você está cheio de ego, o amor desaparece. O nada é a fonte de tudo, o nada é a fonte do infinito... nada é Deus” Mohan Chandra Rajneesh – o Osho (1.931-1.990)

Ponto mais alto a ser praticado, a meditação no Vazio pode ou não ser precedida de várias das etapas anteriores. Pode-se resumir o caminho percorrido até aqui em estágios a serem percorridos para que se obtenha o silêncio do corpo, o silêncio da mente e o silêncio do coração, de forma que se possa ouvir o silêncio do Espírito.

Na visualização criativa, se deixa, indômita, a mente correr livre, mas contida numa certa direção. Procura-se centrá-la no mundo da imaginação, o mundo próprio da mente. Com o passar do tempo se consegue centrar a mente em palavras, sua sonoridade, seus sentidos e interpretações. Entra-se no caminho da Bhakti-yoga, o caminho da devoção e do amor divinos, presente em todas as religiões.

Para outros tipos de personalidade, há uma identificação com caminhos racionais, que possam ser investigados intelectualmente. Assim se centra a mente no processo investigativo da própria psique, das Leis da Natureza ou das Verdades Universais presentes em todas as tradições filosóficas e religiosas. É o caminho que os hindus denominam Jnana-yoga, o caminho da Sabedoria Divina.

E para os que julgam não ter tempo para devoção ou para o uso do intelecto, pois se julgam atarefados demais, há o caminho do trabalho abnegado, onde a mente é centrada em cada ação executada. Como dito antes, a atenção no acordar, no escovar os dentes, no alimentar-se, no trabalhar, no caminhar, nos exercícios físicos, na prática de artes marciais e nos rituais, religiosos ou não, etc., conhecido pelos hindus como Karma-yoga, visa a se viver o momento presente, centrado no que se está fazendo no momento, podendo se concentrar também no significado da ação, ou não.

Com o passar dos anos, e com a evolução espiritual pessoal, muitos tipos de meditação, que antes nos eram benfazejas, não nos interessam mais, e não conseguimos mais nos concentrar na meditação dirigida, por exemplo. Santa Teresa d’Ávila afirma que quando o buscador vislumbra o divino dentro de si, passa a encontrar enorme dificuldade em se concentrar nas práticas de visualização criativa que antes realizava.

Então ocorre o que a ciência atual chama de salto quântico: de repente, sem nenhum controle pessoal, se experimenta, durante as práticas de meditação dirigida, o Vazio, o Silêncio, o Nada. Começa a verdadeira experiência meditativa da percepção direta da Verdade.

Morihei Ueshiba, o fundador do Aikido, a chamava de odo no kamuwaza (técnicas divinas de se estar colocado no vazio), um estado natural de liberdade de todo o esforço consciente em que técnicas extraordinárias surgem espontaneamente. A manifestação física do verdadeiro vazio é sumikiri: “perfeita clareza de corpo e de mente”.

A verdadeira meditação é aquela em que se pára a mente e se experimenta o “silentium mysticum” de alguns autores católicos. São João da Cruz (1.540-1.591) o denomina de “a chama viva do amor” que possuía todo o seu ser e o lançava num completo esquecimento de si, numa quietude e profunda concentração para além de todo o pensamento: um “sono espiritual”. Santa Teresa d’Ávila, como vimos, a chama de oração de quietude e Madre Tereza de Calcutá de prece silenciosa.

Essa técnica é conhecida na filosofia hindu como Raja-yoga. Na Escola budista chinesa T’ien-t’ai, esse tipo de meditação é conhecido como Chi-kuan, que visa parar a mente (chih) e aperfeiçoar a consciência. Técnicas de introdução ao êxtase místico até a completa imobilidade que faz “perceber a Realidade” são praticadas pelas tradições sufis Qadiri e Suhrawardi. É focar a concentração no espaço entre a expiração e a inspiração, entre um pensamento e outro. É nesse local que reside o vazio.

Para o Buddha, a libertação e a experiência da Realidade última somente viria quando, após ultrapassarmos nosso barulho interno, ultrapassássemos também a paz interior e a tranqüilidade, ganhos com a prática da Meditação Dirigida. Mergulhar no Vazio além da tranqüilidade.

Trazer para a vida cotidiana, para todas as nossas atividades, a todos os momentos de nossa vida, a visão do que é real, nos trará o nosso autoconhecimento e o desenvolvimento de nossa visão intuitiva. O interesse desperto levaria à atenção e esta aumentaria o interesse, que aumentaria a atenção, continuamente. Atenção, vigilância e consciência plena conduziriam à completa libertação da mente, ao Nirvana.

“Uma palavra disse o Pai, que foi seu Filho [o Verbo] e esta Palavra o Pai a diz no eterno silêncio e em silêncio é preciso que pela alma ela seja ouvida” São João da Cruz (1.540-1.591)

A Sociedade dos Amigos procurou por uma espiritualização maior do cristianismo. Acreditam que Deus está em todos os seres humanos, uma realidade viva na forma de uma luz interior. Seu culto, silencioso, dura uma hora, numa forma de meditação que descrevem como sendo uma “relação de amor entre Deus e a alma“, só interrompida quando alguém experimenta o impulso interno da palavra, a palavra provinda do Espírito Santo, ouvida reconditamente por cada um.
“Em sua forma mais simples, a prece é uma atitude do coração – uma questão de ser, não de agir” Larry Dossey

Aprende-se a orar com o coração, a mais alta forma de oração devocional, descrita anteriormente. De repente esse lento processo cede, devido a uma brusca ruptura do filtro, causando uma percepção direta da Verdade, ou experiência mística, para em seguida se fechar parcialmente, novamente. E esse processo continua até que não exista mais o filtro e se fique com o canal permanentemente aberto à superconsciência, à Consciência Crística e, por fim, à Consciência Cósmica.

Veja mais em http://www.orion.med.br/o2tx79.htm


e seja feliz entre o vazio e a plenitude, entre o tudo e nada, simplesmente ser: ETERNO e IMORTAL!

OM TAT SAT

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